domingo, janeiro 20, 2008

the road warrior



A ligação dos videojogos com cinema é a cada dia que passa mais evidente e fortalecida por inúmeros elementos. Desde a sua jogabilidade, passando pela inserção e aperfeiçoamento das cut-scenes, personagens, cenários e histórias trabalhadas com maior atenção e profundidade, é possível mencionar um conjunto considerável de títulos que nos aproximam cada vez mais da verdadeira essência da Sétima Arte. E os próximos videojogos parecem querer continuar a explorar essa área, nomeadamente a estética da sua linguagem fortemente marcada nas películas de acção em finais da década 70 / inícios de 80...

Ainda sem data oficial de lançamento pode-se já adiantar que as primeiras impressões de Borderlands não deixam qualquer dúvida. Estamos perante um título cuja premissa nos levará ao encontro de um cenário futurista pós-apocalíptico, claramente inspirado na famosa trilogia de Mad Max. Finalmente!


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trailer: Borderlands teaser
site oficial:
www.borderlandsthegame.com

segunda-feira, janeiro 14, 2008

o jogo do ano?

Assim como aconteceu no ano transacto, para o início deste novo ano decidi eleger o videojogo que para mim resultou numa das melhores experiências de 2007.
Não esquecendo exclusivos como Bioshock ou Halo 3, a minha discutível escolha incidiu sobre Assassin's Creed. Neste título é possível testemunhar uma combinação de liberdade, exploração, viagem temporal, recriação, gráficos notáveis, acção e uma multiplicidade considerável de escolhas a funcionar em perfeita simbiose, sempre com o intuito de proporcionar um maior grau de hiperselectividade no decorrer do jogo. Tudo acompanhado por mais um excelente trabalho de Jesper Kyd na sua banda sonora.

A noção do todo adquiriu outras dimensões com contornos bem vincados. Estabeleceu ligações homogéneas entre os diversos elementos tendo resultado numa das mais notáveis e memoráveis sinfonias de 2007, com momentos intensos e verdadeiramente inesquecíveis. Que assim perdure na minha memória por muitos e longos anos...




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Plataformas: Xbox360 e PS3.
Site oficial: www.assassinscreed.com

sábado, janeiro 05, 2008

apelo à nossa veia exploradora *





Em títulos como Gears of War, Just Cause, ou Lost Planet, a presença de items escondidos acaba, inevitavelmente, por nos proporcionar longos momentos de exploração que de outra forma dificilmente poderiam ocorrer. Em Lost Planet, para além de outros elementos, as várias moedas espalhadas pelos vastos mantos brancos resultam numa motivação acrescida que leva os jogadores mais persistentes a investir o seu tempo de jogo num processo de exploração ao longo dos níveis, acabando por alargar a sua experiência individual. A acção principal é, nesta fase, interrompida pela contemplação visual. Com o objectivo de adquirir mais pontos e de desbloquear um maior número de conquistas (na plataforma Xbox 360), as produtoras aproveitam esse factor como sendo a principal motivação na forma como conseguem delinear um título que nos faça jogar mais do que duas ou três vezes. Esta é também uma forma simples de “obrigar” o jogador a explorar totalmente os diferentes cenários, bem como a observar e a reter a sua qualidade gráfica através de uma perspectiva assente no conceito de imagem-tempo, onde o interesse deixa de ser a narração e passa a ser a imagem como plano, como história latente.
Esta estratégia acaba por resultar numa exploração mais acentuada da totalidade do título e numa forma de contemplar ambientes virtuais absolutamente fascinantes, prolongando a nossa experiência por mais um número considerável de horas ou de dias... E não é isso que nós jogadores mais queremos?

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* Artigo publicado na revista Hype! nº03 (Novembro), 2007, p. 10.